Em geral o que mais chama a atenção no disco é a criatividade da banda e versatilidade ao misturar os estilos, fazendo com que por muitas vezes a música surpreenda fugindo do previsível.
O vocalista, Fughetti Luz, apresenta uma voz agradável que consegue se adaptar à mistura de ritmos do Liverpool. Também fazendo com que as faixas não pareçam repetitivas estão Edinho Espíndola, na bateria, e Pekos, no baixo. O psicodelismo, na maioria das músicas, fica por conta da guitarra base de Marcos Lessa, e da guitarra solo de Mimi Lessa, que fazem as combinações entre si perfeitamente, tanto nos solos quanto nas bases, onde em diversas músicas a guitarra solo é bastante ativa.
Para os que gostam de MPB, as faixas mais indicadas são Você gosta e Planador. As faixas mais psicodélicas são Impressões digitais, Olhai os lírios do campo e Água Branca, que em alguns trechos tem uma sonoridade até que pesada, para a época, indo para um lado de bandas como era o Made In Brazil no final dos anos 60. Tão Longe de mim lembra o que era feito por bandas dos anos 60 como Os Brasas e The Brazilian Bitles.
Em relação às letras, apesar de ter um dos instrumentais mais sem graça do disco, a última faixa, Paz e amor, tem uma letra nacionalista que faz com que valha a pena ouví-la. Mas a música que mais merece destaque é 13º andar, que com toques cadenciados e uma levada lenta na bateria, unidas à uma letra simples, resulta em uma canção com um ar um tanto depressivo, mas muito interessante.
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